III- OS FATOS, INTERPRETAÇÃO E DÚVIDAS QUE PERSISTEM (Continuação).
2 - CASO MANTELL - Será este talvez o mais emocionante dos casos conhecidos a respeito dos "Discos Voadores". Ainda hoje continua citado e discutido em todo o mundo. Parece que foi realmente o caso que na verdade fez aumentarem as preocupações, dizem que o governo americano tudo fez para impedir que toda a história fosse à publiciadade, inclusive vedando as publicações das mensagens finais trocadas entre a Torre de Godman Field e Mantell.
Foi a 07 de Janeiro de 1.948, à tarde. Um enorme e brilhante disco foi assinalado, primeiramente em Madinsville a cerca de 40 quilômetros de Fort Knox, e alguns minutos depois sobrevoava a Base de Godman Field. O Comandante da Base, Coronel Hix, determinou que fosse o disco seguido por três aviões F-51 que nesse momento sobrevoavam a Base. Na própria torre de controle permaneceu o Coronel Hix. Passados alguns minutos a alta patente reproduzia a voz do Capitão Thomas Mantell:
-Avistei a coisa. Parece metálica e é de enorme tamanho.
Passados alguns instantes, nova mensagem:
-Parece começar a subir; está, parece, com metade de minha velocidade e tentarei aproximar-me.
Às 15:08 horas, um dos alas do Capitão Mantell chamou e disse que estava também vendo o disco. Disse ainda que Mantell havia passado por eles e sido perdido de vista. No momento havia nuvens.
Sete minutos após, às 15:15 horas, Mantell entrou novamente em contato com a torre com a seguinte mensagem:
-Ainda está em cima de mim, com minha velocidade ou mais. Estou subindo para 20.000 pés. Se não conseguir me aproximar abandonarei a caçada.
Foi sua última mensagem conhecida. Alguns minutos depois destroços de seu avião caíam espalhados numa grande área, o que faz supor desintegração no ar. Um dos alas, procurando ainda Mantell, subiu a 33.000 pés, mas nada encontrou - nem seu chefe nem o disco, que também havia desaparecido.
Esse caso deixou a opinião americana estarrecida. As observações que se ouviam de oficiais de Avião eram invariavelmente deste tipo:
-Pensei que os discos fossem uma brincadeira até o momento em que Mantell foi morto quando caçava aquele em Fort Knox.
Muitos oficiais graduados que achavam graça dos alarmes ocasionados pelos "Discos Voadores" pararam de zombar. O Capitão da Aviação Naval Donald Keyhoe, em seu livro "The flying saucers are real" afirma que entre esses oficiais graduados estava o General Sory Smith, da Força Aérea, que declarou:
-Foi o caso Mantell que me abriu os olhos. Conheci Tommy Mantell muito bem, assim como o Coronel Hix, Comandante da Base de Godman Field. Sabia que ambos eram homens inteligentes e muito diferentes dessa espécie de gente que vive a imaginar coisas.
A Força Aérea cercou o caso de absoluto sigilo e só depois de quinze meses começou a dizer algo, mas o que disse quase nada explicou, antes, gerou controvérsias, que ainda hoje persistem. Começou-se então a insinuar a possibilidade de Mantell ter subido demasiado, perdendo os sentidos ou então que tenha ele sido enganado com balão de sondagem.
A hipótese do balão é duma fragilidade que não resiste à mais superficial análise.
Todos os balões lançados naquela época foram controlados e nenhum esteve à tarde na região de Godman Field. Além disso, não treria desaparecido, teria sido encontrado pelo ala do Capitão Mantell, que vasculhou a região, investigando, subindo até 33.000 pés.
Mas, apesar de tudo, mesmo procurando desconhecer a impressão e centenas de pessoas que viram o disco na região de Fort Knox, inclusive os pilotos que o viram de perto no ar, tentando caçá-lo, o governo diz que o "balão" poderia ter explodido logo após a aproximação do Capitão Mantell e, por essa razão, não teria sido encontrado pelo seu ala que subiu a 33.000 pés. E, claro, que a explicação nunca chegou a convencer e isso, além do que se sabe, pelas seguintes razões:
-Ninguém assinalou a descida de pára-quedas, que deveriam funcionar neste caso;
-Nenhuma caixa de instrumentos de pesquisas ou pára-quedas foi encontrada na região.
Daquela região nunca foram devolvidos à Marinha instrumentos encontrados. TODOS OS INSTRUMENTOS LANÇADOS NAQUELA ÉPOCA FORAM RECOLHIDOS.
Duas horas depois da morte do Capitão Mantell o disco foi assinalado voando sobre a Base de Lockbourn, com velocidade estimada em 500 m/H, E ISSO CONTRA O VENTO QUE SOPRAVA NA OCASIÃO.
Quanto á subida demasiada, a hipótese sugere dúvidas. Manteel era um piloto experimentado, veterano da guerra, com mais de três mil horas de vôo e em mensagem disse que abandonaria a caçada a 20.000 pés, caso não conseguisse se aproximar do disco.
Dispunha de 2 altímetros para o controle da altura e não iria insistir subindo após os clássicos primeiros sintomas de axonia - manchas avermelhadas e estreitamento da visão.
Mas, apesar de tudo, admitindo mesmo que isso tenha acontecido, ainda restam dúvidas resultantes da análise dos destroços de seu avião, completamente desintegrado no ar.
Sabe-se que um avião sem os comandos do piloto, não mergulha. Poderia deslizar ou planar em espiral e talvez mesmo largasse as asas antes de chocar ao solo, caso a velocidade de queda ultrapassasse certo limite. Além disso, sendo possível Mantell recobrar os sentidos ao descer alguns milhares de pés, restabelecendo o equilíbrio de seu avião, ou jogando-se de pára-quedas,, se fosse o caso.
Seja como for, nada do que se sabe será capaz de explicar a identidade do disco observado, parecendo verdadeiramente pueris as tentativas de explicação da Força Aérea, que mais parecem, como acentua o Capitão Keyhoe, cortinas de fumaça destinadas antes a ocultar não se sabe bem o que.
O Almirante Boister, chefe de pesquisas aeronáuticas de aviões experimentais da Marinha e ex-colega de Keyhoe em Anápolis, disse-lhe que nada do que se passou em Fort Knox teria conexão com seus experimentos.
Restava ainda a hipótese de ser russo o disco assinalado. Mas, neste caso, seria incrível que tal aparelho, pilotado ou sob "controle remoto", tivesse sido exporto por cerca de meia hora à curiosidade dos aviadores da Base de Godman, podendo, inclusive, cair ou ser abatido, perdendo-se assim o segredo desejável.
Se fosse americano, da Aeronáutica ou Marinha, como explicar a parada sobre a Base de Godman?
Como explicar a ordem que havia para que essas estranhas aeronaves fossem seguidas?
Quem seria o responsável pela morte do Capitão Mantell?
De qualquer modo, o que restava de tudo era apenas a convicção segura de que os discos eram uma gritante realidade.
3 - CASO CHILES-WHITTED - Na manhã de 23 de Julho de 1.948 um DC-3 de Eastern Airlines decolou de Houston, no texas, com destino a Atlanta e Boston. Seus pilotos eram Clarence e John Whitted, ambos conhecidos como experimentados, cautelosos e moderados pilotos. Voavam às 02:25 horas da madrugada a 33 quilômetros a Oeste de Montgomery quando uma brilhante aeronave, algo como um torpedo, foi assinalada, aparentemente, seguindo a rota inversa da do avião. Passou em vertiginosa velocidade como um clarão por baixo do DC-3. Chiles virou para a esquerda e observou que a estranha aeronave manobrava também vindo se colocar cerca de 1.000 pés à sua direita. Nessa manobra observou Chiles que a tal aeronave não tinha asas. Na passagem para a direita o co-piloto Whitted pôde observar bem e dando suas impressões,, posteriormente, disse:
-A coisa tinha cerca de 100 pés de comprimento, forma de charuto e sem asas. Seu diâmetro era cerca de duas vezes a do B-20, sem o prolongamento da cabine do piloto. Seu brilho era algo como o de magnésio.
Chiles esclareceu mais:
-Um intenso brilho azul-escuro vinha do lado da aeronave. Corria ao longo da fuselagem uma luz fluorescente azul. Desprendia fumaça e parecendo também uma chama vermelho-alaranjada.
Ambos, Chile e Whitted, avaliaram a chama atrás da aeronave em cerca de 50 pés e ambos ficaram com a impressão de que havia fileiras de janelas.
Ao tentar Chiles aproximar-se, o "charuto" subiu como se quisesse evitá-lo, seu jato quase alcançando o DC-3 nesse momento. Ganhou velocidade e altura e desapareceu. Chiles foi à cabina interpelar os passageiros, mas quase todos dormiam ou cochilavam. Apenas um, Clarecen Mckelvie, de Colombes, Ohio, estava atento, dizendo ter visto passar por sua janela uma brilhante cortina de luz.
Uma hora antes desse encontro, uma "estranha" e "brilhante" aeronave passou sobre Robbins Field, em Macon, Geórgia. Os observadores dessa Base ficaram com a impressão de ter visto um enorme avião sem asas.
Houve insinuações de que possivelmente tratar-se-ia de foguetes de White Sands, hipótese insubsistente face às circunstãncias de ter circulado vários minutos ao Sul de Macon e de sua velocidade estimada. Caso fosse foguete, sua velocidade o faria alcançar a região de Montgomery bem antes da hora em que houve o encontro com o DC-3 de Chiles.