João Adil Oliveira, nasceu na cidade de Santiago do Boqueirão, Rio Grande do Sul, em 16 de Maio de 1.907 e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, em 31 de Julho de 1.976.
Foi militar, aviador e espírita brasileiro.
Formou-se pela Escola Militar do realengo, no Rio de Janeiro, em 1.934, ingressando na arma da Cavalaria. Logo, passou para a aviação militar do Exército, nela permanecendo até o posto de major. Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 20 de Janeiro de 1.941, pelo Presidente Getúlio Dornelles Vargas, passa para a mesma, sendo um dos pioneiros da FAB - Força Aérea Brasileira, onde ingressou como tenente-coronel-aviador.
Em 1.948, coronel-aviador, João Adil Oliveira, chefiou o Estado-Maior da 2ª. Zona Aérea, em Recife, Pernambuco e, posteriormente, assumiu o comando da Base Aérea de Salvador, que era guarnecida pela esquadrilha dos bombardeiros B-25.
Como chefe da 2ª. Seção da 3ª. Zona Aérea no Rio de Janeiro, em 1.954, foi designado pelo Ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Eduardo Gomes, para chefiar a primeira "Comissão de Investigação sobre os Discos Voadores", criada no Brasil.
Em palestra na Escola Superior de Guerra, falou para o alto escalão das Forças Armadas da época, inclusive o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, brigadeiro Gervásio Duncan, e o próprio Ministro, além de técnicos, cientistas e jornalistas credenciados, relatando as conclusões positivas do seu trabalho.
No mesmo ano ocorreu o atentado por arma de fogo da Rua Toneleros, contra o jornalista Carlos Lacerda , no dia 04 para 05 de Agosto, no qual foram feridos, além do jornalista, o guarda civil Sálvio Romeiro e o major da Aeronáutica Rubens Florentino Vaz, que se revezava com outros companheiros de farda na segurança do jornalista Carlos Lacerda. O major Vaz acabou falecendo.
No dia 11, com o apoio da grande maioria dos oficiais da Aeronáutica, o coronel João Adil Oliveira solicitou ao Ministro Nero Moura a instauração de um inquérito policial-miliutar (IPM), para apurar o atentado, justificando o pedido com a alegação de que a arma utilizada era de uso privativo das Forças Armadas e a vítima havia sido um militar.
Esse inquérito realizado em colaboração com o inquérito policial da Delegacia de Copacabana, alcançou pleno êxito em identificar os assassinos denyre os membros da guarda pessoal do Presidente Getúlio Dornelles Vargas, chefiada por Gregório Fortunato (mais tarde, em pleno século 21, descobriu-se os erros cometidos em acusar o Presidente Getúlio Vargas).
João Adil Oliveira, foi promovido pelo Presidente Jânio da silva Quadros, ao posto de Brigadeiro, que o nomeou, em 1961, comandando da 2ª. Zona Aérea de Recife. Em 1.964 assumiu o comando da 3ª. Zona Aérea no Rio de Janeiro.
Pelo tratamento humano e cavalheiresco que dispensava aos presos políticos recolhidos à sua unidade militar, os quais faziam as refeições na mesa do comandante, como seus convidados, acabou sendo substituído, por determinação do Presidente Emílio Garrastazu Médici (o general-presidente onde a tortura mais campeou no Brasil), pelo polêmico Brigadeiro João Paulo Moreira Burnier que, segundo alguns, pretendeu explodir o gasômetro do Cajo, na cidade do Rio de Janeiro, para atribuir a ação aos comunistas.
Seguidor do espiritismo científico, participou de diversas experiências em seções de materialização, escrevendo uma monografia sobre o assunto. Era membro da Sociedade de Parapsicologia.
Passou à reserva quando Major-Brigadeiro, sendo promovido à Marechal-do-Ar, tornando-se o último militar distinguido com essa patente no Brasil. Depois da sua morte, foi homenageado pela prefeitura do Rio de Janeiro, com o nome de uma rua do Bairro de Irajá.