domingo, 11 de abril de 2010

DEPOIMENTO DO MAJOR-AVIADOR JOÃO...

     DEPOIMENTO DO MAJOR-AVIADOR JOÃO MAGALHÃES MOTA.

     ...esse objeto foi observado em diversos locais. Como o Tenente Hernani disse, eu havia chegado à Base naquele momento. Voltava, às duas horas da tarde. Quando o Tenente me mostrou o objeto, vi a olho nu, nitidamente, e tive a mesma sensação que o Tenente, isto é, que a velocidade era muito alta, uma vez que a altura era muito grande.
     Ele se deslocava ora para um lado, ora para outro, com movimentos bem nítidos, e na altura em que ele estava para que esses movimentos fossem com a nitidez que ele tinha, era preciso que a velocidade fosse altíssima.
     Durante uns 15 ou 20 minutos, ficamos observando esse objeto. E, em seguida, fomos até o cassino de oficiais. Nessa hora, já a movimentação era muito grande. Havia um maior número de praças e de sargentos e, talvez, já uns cinco ou seis oficiais-aviadores que tinham visto. No momento em que nós saíamos outra vez do cassino pela escada, o Tenente disse: Major, ele está se movendo agora. Eu olhei e estava, aproximadamente, a uma altura de 90º. Eu vinha da cidade. Estava convidado para assistir a umas demonstração e eu ia ao quarto hangar para mudar de roupa, colocar macacão de vôo, equipamento de vôo e ficamos em frente ao hangar olhando o objeto, todos olhando e comentando, e o Tenente Hernani, nesse momento, foi veririficar a possibilidade da existência de balões-sonda.
     A Base Aérea de Porto Alegre dispõe de uma seção operada pelos americanos que larga balões-sonda, com rádio para observação de ventos em altitude. O Tenente Hernani vai dizer o que ele verificou na estação metereológica.